Diário
Eu me lembro bem de quando, ainda adolescente, t rancada na privacidade do meu quarto ou em algum recanto ao ar livre, eu lhe escrevia – tinha meu di ário para Deus, meu Pai do C éu! Aquela adolescente ainda continua viva, pulsante, mais do que nunca vibrante em mim! E ambos sabemos que o Senhor j á sabe tudo – cada palavra e sentimento, expresso ou n ão – passado, presente e futuro! Mas como é bom reviver o escrever do Di ário! Di ário que n ão é escrito todo dia , mas que registra os piques do gr áfico do meu sentir... E como desejaria poder encontrar todos os cadernos, folhas avulsas, bloquinhos, desenhos, rabiscos, anota ções – tudo que escrevi, peda ç os de mim, perdidos! Quem sabe n ão seja eu capaz de, num delicioso e doloroso esfor ço, arregimentar esse acervo perdido pelo mundo, talvez buscando-o em fragmentos nas profundezas abissais da minha mem ória?! Com a emo ção invocaria essas mem órias, qui çás p álidos espectros de outros tempos... palavras soltas, part...